sábado, 5 de março de 2016

Se deseja mudanças...



Neste artigo, o tema escolhido atende a alguns pedidos. Amigos que, durante os últimos dias, comentaram muito sobre mudanças por eu estar mudando de residência. Mas o questionamento deles foi além... chegou às mudanças internas, de postura, de atitude, de vida! Então, engatei uma segunda e resgatei – aproveitando para dar uma atualizada - um capítulo do meu livro Ser Feliz é uma Questão de Sintonia, que me pareceu uma resposta bastante adequada a tantos comentários. 

No texto original as colocações são um pouco mais ácidas do que as que eu escreveria hoje... então ‘amaciei’ algumas frases e fiz outras atualizações nada sutis. Inesperadamente, me percebi reescrevendo quase todo o texto.Isso foi maravilhoso, já que o tema é mudança. Espero que você aproveite a leitura tanto quanto eu aproveitei o momento de reescrever!





Conheço algumas pessoas que transpiram gratidão. Acredito que você também conheça pessoas que naturalmente aceitam a vida e fazem limonadas e caipirinhas com os limões que a vida oferta. Mas vamos combinar que a grande maioria tem muita facilidade mesmo é para reclamar. Não sei em qual das duas categorias você se encaixa. Eu, pessoalmente, já reclamei de muitas coisas, mas nunca fui de reclamar por muito tempo. Reclamava e logo tratava de agir para mudar fosse qual fosse a situação.

Mas o que vemos por aí é muita gente a reclamar – e reclamar muito, repetidamente - dos amigos que não são confiáveis, do casamento insatisfatório, dos familiares dissimulados. E do emprego, então?! Alguns desgostaram da profissão, outros não se adaptam ao ambiente, outros criticam o salário. Mas cada um é livre para escolher sua formação, aquela que lhe traz realização pessoal e, é claro, sustento. E sempre é tempo de mudar e recomeçar quando se acredita na possibilidade, quando se tem vontade firme.

Se está cansado do que faz, mude de área. Se não gosta da empresa, procure outra. Se não gosta do ambiente, veja o que você pode fazer para melhorá-lo. Se você só está resmungando, reclamando da vida e não está buscando alternativas para solucionar seu problema, é porque, provavelmente, não está tão desgostoso assim. Ou talvez o papel de vítima seja o seu número.


Antes de dizer “não aguento mais”, pense muito bem – porque se você disser isso e não fizer nada para mudar, é porque ainda aguenta, sim, e por isso não é coerente ficar se lamentando. Tome as rédeas da vida em suas mãos e faça você a sua felicidade. E aplique essa determinação em todas as áreas da sua vida!

O salário não está satisfazendo? Peça aumento. Se receber um não como resposta, restam outras alternativas, como calar-se e aceitar, procurar outro emprego, fazer um curso de aperfeiçoamento que lhe garanta maior remuneração, por exemplo.

Questione, também o motivo que faz com que você pense que ganha pouco. Não está conseguindo pagar suas contas? Você gasta mais do que ganha ou o básico está mesmo ficando além de suas possibilidades? Seus conhecidos ganham mais e por isso você se sente inferiorizado? Bem, não parece prudente tomar os outros como base para pesar e medir suas conquistas. Sua formação, experiência e competência são semelhantes ou mesmo superiores às das tais pessoas que ganham mais? Seja honesto em sua avaliação. E tome as providências adequadas e coerentes. Busque sempre ampliar seus conhecimentos.

Lembre-se também de que não é preciso derrubar ninguém para subir. As costas dos outros não são degraus para sua ascensão profissional. Há espaço para todos que têm merecimento. Vá à luta pelo seu lugar ao sol, cuidando dos sentimentos que movem você.


A mesma ética pode ser levada aos relacionamentos afetivos. Se “o que é do homem o bicho não come”, o companheiro tão esperado chegará no momento oportuno, se você mantiver uma postura interna de receptividade. E foco. Nem sempre as coisas acontecem no momento que desejamos. Mas sempre acontecem no momento certo. E o momento certo é aquele em que estamos mais preparados – e o outro somente vem quando está preparado para se aproximar. 


Cada um atrai ou distancia suas próprias conquistas em função da postura que assume na vida, das escolhas que faz, dos pensamentos que repetidamente emana. E em termos de amor, bem, nem sempre aquele ‘alguém’ que você tanto deseja está no seu caminho. Então não force a barra, não crie situações constrangedoras, não lance ações que gerarão reações das quais você não gostará. Siga o fluxo.

Mantenha-se atento aos sinais. Sonhe, idealize, mas não delire, não destrua para conquistar. Apenas seja, em todos os departamentos da vida, a melhor pessoa que você pode ser – mostre e use apenas o que você tem de melhor, de construtivo, de alto astral, de otimismo e lute com essas armas do bem para conquistar o que você acredita ser seu por direito. Mas saiba também reconhecer quando é o momento de parar – saiba sair de cena quando terminar seu texto. Nesses casos, a insistência só traz desgosto e sofrimento. Um procedimento reto e ético somente pode trazer resultados positivos e justos para você. 


Escolher e conquistar o parceiro formam o primeiro tempo do jogo da vida. O segundo tempo é o aprendizado de convivência. Ninguém é feito sob medida para ninguém no sentido de encaixes perfeitos, mas sim feito sob medida para nossos aprendizados. Se seu companheiro tem defeitos ‘insuportáveis’, converse a respeito, mas não deixe de avaliar se não é você que precisa crescer e redefinir seus valores. Mude, se for o caso.

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O momento da faxina
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Então, decidiu mudar?
Identificou áreas nevrálgicas de sua personalidade que requerem obras imediatas?



Ótimo. É hora de começar a tirar as coisas dos armários para encaixotar. Mas espere um pouquinho... você vai colocar todas as suas coisas a olho nas caixas? Veja bem o que está levando para sua nova casa. Para sua nova vida. Tudo o que está aí no armário ainda tem a ver com esse novo você?

Então, é o sagrado momento da seleção – o que não tem mais utilidade, o que está gasto, o que está quebrado, o que não te serve mais... e vamos mais fundo, comparando objetos que podem, talvez, ir para um brechó, às lembranças que já não têm mais função – dores, mágoas, crenças obsoletas, padrões desgastados, frustrações, sonhos não realizados, possibilidades não concretizadas, iniciativas que deram em nada. Tudo isso que simplesmente não funcionou no passado e que ficou ocupando espaço nas gavetas, inutilmente, provavelmente não terá qualquer utilidade para o novo você. Desapegue. Abra mão do orgulho e permita-se desfazer-se do que não tem mais função há muito tempo. Largue os pesos extras. Vá para o novo com os braços livres e abertos para receber o que há de melhor!

Não é para ser mais feliz que você está mudando? Então, receitas velhas farão tão boa figura quanto roupas surradas – abra espaço para o novo padrão desmanchando o padrão antigo.

Claro que é importante embalar com carinho e cuidado o que lhe é caro. Aquelas coisas das quais você simplesmente não aceita se desfazer. Entre elas, sua auto-estima, seu auto-valor, sua ética, suas conquistas e vitórias, a espontaneidade, a capacidade de dar e receber carinho, afetividade, gratidão, coragem, força, tenacidade, conhecimentos...Tudo isso merece embalagem especial! E talvez nem tenham sido muito usadas no passado, mas agora, na nova vida, o novo você saberá muito bem aproveitar ao máximo essas virtudes!
Como bem disse Taiguara, “e que o passado abra os presentes pro futuro que não dormiu e preparou o amanhecer.”

Então, pegue seu passado, sua experiência, suas vivências – únicas, queridas – e transforme-as em lições de como agir e como não agir em certas situações. Você não precisa das coisas que lembram as situações, e às vezes nem mesmo das emoções negativas associadas a algumas dessas memórias. Só precisa do que aprendeu. E isso não ocupa espaço, está em seu ser, incorporado à sua alma. Vá apenas com ela, com sua alma mais sábia, mais crescida, dar as boas-vindas para o futuro que está na soleira de sua porta, agora que você decidiu mudar. Apenas abra a porta com o peito leve. E receba esse novo amanhecer.


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Chegando lá no novo...
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Mudou, inovou, fez diferente, está com um novo padrão de pensamento, com novas atitudes. Bom, muito bom.

Então, agora pode abrir os olhos e encarar sua nova realidade.

Olhe bem. Com olhos de enxergar.

Pode ser que o novo surpreenda, que não seja exatamente da cor que você imaginou. Ou talvez seja de outro tamanho. Ou tenha um brilho diferente.

Ok. Eu digo a você: isso é simplesmente maravilhoso! O novo totalmente novo! Ainda mais novo do que você pode imaginar. Afinal, convenhamos... você deve ter imaginado esse novo com base em referências bem velhinhas... Então o seu novo não era total e absolutamente novo, mas talvez uma releitura disfarçada do antigo padrão.



Então posso imaginar que seria o momento de você se desesperar, certo?

Errado.

É o momento perfeito para você abrir o seu melhor sorriso e dizer “Ok, Deus, você venceu! Me surpreendeu pra valer! Obrigada por me oferecer algo verdadeiramente novo!”

Sorria. E peça: “Certo, Deus, me ajuda agora a descobrir o que faço com tantas possibilidades maravilhosamente não previstas.”

E continue sorrindo.

Dê uma boa gargalhada mesmo.

Não é o novo que você imaginou? Então, creia, é um novo muito melhor, pois chega inesperado e inexplorado até você. Uma realidade absolutamente intocada, virgem, para você realizar. Para você se realizar. Sem (pré)conceitos, sem vícios, sem premeditações.

Que o novo você seja feliz nessa nova vida. Incondicionalmente feliz!

Como o velho você sempre quis, e muito além!

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